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Homem parado a grande velocidade



Num dos quatro ecrãs, há um homem que segura um ramo de árvore em cada mão. O homem agita furiosamente os ramos. As mãos estão ocultas na sombra. O corpo permanece, tanto quanto possível, imóvel. Folhas e galhos batem-lhe nos cabelos, que parecem varridos por um vento terrível. Os olhos fixam-se num ponto longínquo, atrás da câmara. A expressão do personagem é de angústia, uma angústia absoluta. A luz é de um vermelho febril e sanguíneo. Tudo estremece num completo alvoroço. Está tudo em movimento. O homem parece deslocar-se a uma velocidade vertiginosa e, no entanto, está parado, preso no interior de qualquer coisa que não se vê, mas que adivinhamos, sem saber explicar.

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